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Erva-de-jabuti

 

A planta conhecida como erva de jaboti, cujo nome científico é peperomia pellucida (L.) Kunth pertence à família das Piperaceae, e pode ser encontrada ainda pelos nomes de garrapatilha, peperomia, comida de jaboti, coraçãozinho, corazón de hombre, pansit-pansitan, tangon-tangon, ulasiman-bato, entre outros. A planta é usada para fins medicinais e alimentícios, pois, recentemente foi classificada como PANC (Planta Alimentícia Não Convencional) , pois apresenta propriedades benéficas à saúde. Facilmente encontrada em jardins e quintais brasileiros, a planta é considerada espécie invasora e de pouca serventia.

Benefícios e propriedades

A planta possui alguns benefícios que estão relacionados às propriedades medicinais, que são sua ação como diurético, digestivo, anti-inflamatório, hipotensor e emoliente. Atua no tratamento de enfermidades do coração, inflamações do reto, constipações e resfriados, tosse, má digestão, inchaços, conjuntivites, abscesso dentário, furúnculos, pruridos, entre outros.

Todas as partes da planta são usadas na forma de cataplasma morno para tratar fadiga, reumatismo e abscessos, enquanto as folhas podem ser usadas para enxaqueca e convulsões. A infusão da planta ajuda a tratar dores reumáticas e o nervosismo, principalmente externamente, usado em banhos. O suco feito com as folhas ajuda no tratamento de cólicas e dores abdominais, e a planta pode ser consumida ainda na forma de salada, feita com as folhas frescas.

Toxicidade

Foi concluído, diante estudos toxicológicos, que a planta não é tóxica usando-se a dosagem máxima de 2 g por cada kg de peso corporal.

Precauções de uso

Não foram encontradas, nas literaturas consultadas, contraindicações e informações de precaução quanto ao uso medicinal da planta erva de jaboti. Recomenda-se, entretanto, que seja usada com orientação médica, principalmente por pacientes gestantes ou em fase de lactação, cardíacos, pacientes com doenças crônicas ou que façam uso de medicamentos regulares. Mesmo no consumo na forma de salada, por se tratar de uma folha com efeito de medicamento natural.

Pitangueira

Pitangueira, a árvore da pitanga

O chá de pitanga é feito a partir da folha da pitangueira, uma árvore de nome científico Eugenia uniflora L., pertencente à família das mirtáceas e é muito apreciado na medicina popular.

Na mesma pitangueira, podem nascer pitangas nas cores verde, amarelo, laranja e vermelho-intenso, de acordo com o grau de maturação.

O fruto da pitangueira, chamado de pitanga, não é comumente encontrado em mercados, pois se danifica facilmente no transporte, ficando muito mole. Entretanto, é muito fácil encontrar pés de pitanga no Brasil e a fruta, que parece uma pequena abóbora, é muito apreciada.

Nativa da mata atlântica brasileira, a pitangueira pode ser encontrada desde a Paraíba até o Rio Grande do Sul. O nome pitanga tem origem no termo tupi ” ybápytanga“, que significa “fruto avermelhado”.

A pitangueira pode atingir de dois a doze metros de altura. Além disso, também há cultivo de bonsai de pitanga, que não chega a atingir um metro de altura.

As flores que antecedem o nascimento da pitanga são brancas e servem de fonte de alimento (pólen) para abelhas, exercendo um papel importante no equilíbrio ambiental.

Propriedades medicinais

As folhas de pitangueira já eram usadas pelos índios guarani contra diarreia, má digestão e tônico estimulante. O seu chá é indicado em casos de depressão, pressão arterial descontrolada (tanto é eficaz em casos de pressão baixa quanto alta, pois acalma e equilibra essa função orgânica), agitação e tristeza profunda.

Mas, como em tudo, sempre há alguma contradição. Pessoas que sofrem de hipertensão arterial não devem fazer uso de seu chá ou mesmo do banho.

Na farmacopéia fitoterápica já existem diversos estudos que comprovam os bons efeitos do chá de folhas de pitanga pelos seus efeitos anti-hipertensivos, estimulantes, antimicrobianos e antioxidantes, anteriormente apontados na medicina ancestral e popular.

Um desses estudos, de 1987, afirma que o efeito estimulante da folha da pitanga no organismo humano ocorre pela ação inibitória da enzima xantino-oxidase. Para melhorar este seu efeito, as folhas são potencializadas por grãos de café, folhas de chá ou erva-mate, em infusão – esta forma de uso é característica da região do Rio da Prata.

Benefícios da fruta da Pitangueira

A pitanga é uma fruta que possui muitos nutrientes como vitaminas A, B e C, cálcio, fósforo, ferro e compostos fenólicos como flavonóides, carotenóides e antocianinas com propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, analgésicas e anti-hipertensivas, que auxiliam no combate ao envelhecimento precoce, nos sintomas de artrite e gota, nos problemas respiratórios e no desenvolvimento de doenças cardiovasculares, por exemplo.

A pitanga é considerada uma fruta com uma ação hipoglicemiante muito importante, ou seja, ela ajuda a manter a glicemia dentro dos níveis esperados.

Alguns estudos mostram que o óleo essencial das folhas da pitanga tem propriedades antimicrobianas, sendo capaz de eliminar fungos, principalmente os fungos de pele, como a Candida sp. e bactérias como:

  • Escherichia coli que causa infecção urinária;
  • Staphylococcus aureus que causam infecções pulmonares, de pele e ósseas;
  • Listeria monocytogenes que pode causar infecções intestinais;
  • Streptococcus que causam infecções de garganta, pneumonia e meningite.

Além disso, o extrato das folhas da pitanga tem ação antiviral contra o vírus influenza que pode causar gripe.